Empregadas e estagiárias aprenderam sobre linguagem corporal e técnicas de defesa da instrutora Janaína O’Donnel para casos de agressão

Dando sequência à promoção de ações de combate à violência contra as mulheres e incentivando o empoderamento feminino, a Portos do Paraná proporcionou nesta sexta-feira (03), um aulão de defesa pessoal para suas empregadas e estagiárias. De maneira prática e descontraída, a instrutora Janaína O’Donnel mostrou às portuárias que é possível identificar e se defender usando técnicas fáceis de serem aprendidas independentemente do tamanho, habilidade ou força do possível agressor.

“Temos números alarmantes no Brasil de violência doméstica, de agressão às mulheres, de feminicídios, então já tivemos o lançamento da Operação Vida – Mulher Segura com as forças de segurança e com o apoio da Portos do Paraná e estamos dando sequência com esse aulão de defesa pessoal que é muito importante para as mulheres se defenderem de agressões”, justificou Miguel Nasser Bisneto, Coordenador de Assistência Médica e Social da empresa pública.

De acordo com Janaína, a aula é uma forma de despertar nas mulheres a vontade de praticar uma atividade física e aliar isso à sua própria defesa. “Nesta aula, eu falo muito sobre o treinamento de uma maneira geral para que a mulher se fortaleça como pessoa, do sexo feminino, mas entendendo que a segurança dela muitas vezes depende de como o corpo dela está nesse momento. A mulher precisa fortalecer o corpo, a mente e este treinamento faz com que isso aconteça”, destacou.

Para ela, a linguagem corporal das mulheres pode fazer com que possíveis agressores simplesmente não façam a abordagem. “Na rua, na tensão, o corpo fala. Então, se a pessoa iria te escolher como vítima, a tua linguagem corporal já treinada faz com que a pessoa pense ‘essa vai dar trabalho' e desiste’”, apontou.

De acordo com a profissional, as técnicas apresentadas durante o evento são baseadas no jiu-jítsu. “Eu incentivo a praticar a arte marcial que eu pratico e amo, que é o jiu-jítsu e nossa prática é de prevenção e fuga, diferente de outras artes marciais que trabalham a defesa pessoal para o combate mesmo. Eu incentivo porque é uma ferramenta positiva, transformadora e que deixa a nossa sociedade muito melhor”, ponderou Janaína.

E quem foi ao aulão, gostou do que aprendeu. “Valeu muito a pena! Estas técnicas podem ser utilizadas em diversos ambientes, situações em público e até mesmo em casa. Em uma sociedade mais brutal nos dias de hoje, onde existe o aumento de violência doméstica, violência contra a mulher dentro de ônibus, bares, shows, e até mesmo na rua, é muito importante saber se defender. E este curso demonstrou que conseguimos evitar diversos tipos de abordagem”, analisou a Coordenadora de Procedimentos Administrativos Stephanie Paramustchak Demczuk.

Já a Agente Portuária Cinthia Breidenbach lembrou que é importante as mulheres terem cada vez mais consciência de quando são vítimas de violência. “Creio que foi muito importante e acho que muitas mulheres não tem essa consciência da violência doméstica de modo geral, os números têm aumentado, as denúncias têm aumentado e é muito importante as mulheres terem noção do seu corpo e noção de defesa, não de ataque, mas de defesa pessoal e isso é essencial para todas nós nesse momento”, finalizou.